Escrito por Rosyane Trotta
Rua larga, reta e muito comprida. Escasso comércio.
Poucas casas: uma aqui outra lá, afastadas.
No botequim, dominó. Crianças na escola.
Gente na rua, quase nada. Parecia que era feriado e todo mundo tinha ido embora.
Ruas ermas, de vento que passa livre, sem no quê esbarrar.
"Ninguém vem", é o que se pensa sem dizer.
Mas antes da hora marcada, todas as cadeiras estão ocupadas.
Quando entra a trupe, gente já de pé, criança sentada no chão.
Gente que vem a pé, muita bicicleta e até carros da cidade vizinha.
Na primeira cena, a quadra está repleta. "Nem nas capitais!", se alegra Zé.
E o povo ri em coro, e também em coro às vezes se cala num silêncio de ouvir estrelas.
Traços do Brasil de toda parte, de aldeias do norte e do nordeste, de muitas feições.
Traços do Brasil de toda parte, de aldeias do norte e do nordeste, de muitas feições.
Todos dessa mesma terra, em qualquer cor, em qualquer língua ou sotaque.
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