O grão
de tão pequeno
ser tão grande, o que a gente é
Ter esse destino de pessoa que sonhou
Ter esse destino de pessoa que sonhou
Beto
Guedes
Escrito por Polly Barros
Chegamos! Muita estrada, lugares distintos, o cenário mudou e
mudou algumas vezes – dentro e fora do ônibus. Afinal de contas, foram mais de
30 horas da Paraíba ao Tocantins! Sono, samba, conversas triviais, sonhos
compartilhados, risos e sempre o bom-humor da nossa dama-mor, Cida Costa. Tudo
novo de novo, o ano, os nossos anseios, a nossa vontade de levar teatro pra
todos os cantos desse Brasilzão! Ao iniciar a escrita, ao pé da janela do
ônibus, já seguindo pra Palmas, vejo que a luz do sol ora entra e ora se
esconde por entre as árvores, cada vez mais frondosas. A paisagem vai ganhando
corpo – e a turnê também! Fechamos a primeira cidade, Gurupi, e a receptividade
do público foi como faísca pro pavio acender. Estamos finalmente começando essa
jornada tão significativa pro grupo, conseguindo adentrar numa região tão
especial e até então desconhecida para a maioria dos integrantes. Nossa primeira
apresentação dessa turnê ficou marcada pra acontecer na área externa do Centro
Cultural Mauro Cunha. Providenciais toldos faziam parte do espaço, porque a tão
falada e temida chuva do Norte chegou já no primeiro dia de apresentação. E
chegou junto, temporal daqueles com direito a relâmpago e pequenas ondas
formadas no meio-fio quando os carros passam. Tudo estava montado debaixo dos
toldos, o que não significou um total alívio pra equipe já que São Pedro
caprichou no volume de água num curto espaço de tempo! Algum corre-corre pra
elevar os materiais mais sensíveis foi necessário. Passada a chuva, fomos nos
concentrar pros preparativos finais: maquiagem, figurino, passagem do
repertório... ops! cadê a escaleta? É, parece que ela não quis nos acompanhar
na turnê... O músico Fabiano teve que correr no hotel pra pegar a (também)
providencial sanfona de Isadora. Que ideia magnífica de trazê-la, amiga! E
fomos pra cena! Aquecidos, animados, orgulhosos, com muita vontade de fazer
bonito praquele público. A apresentação não foi irrepreensível, algumas falhas
técnicas ocorreram, como o meu sapato que voou rasante no prólogo, a novata (sanfona)
em cena, etc. Mas, nada que pudesse ofuscar o conjunto da obra! O espetáculo
foi vivo, com muita energia! E como já frisei, o público nos acolheu com muito
carinho. Nunca fomos tão fotografados!! É bonito ver tanta gente feliz por ter
participado de uma experiência coletiva de encantamento! Só podemos agradecer,
agradecer, agradecer! Esse espaço que vai dos nossos corpos até os corpos dos
que assistem comporta muito amor e respeito! Que felicidade, que revolucionário
é compartilhar!
Vamo pra frente que atrás vem gente!
Vamo pra frente que atrás vem gente!
A apresentação de vocês aqui em Gurupi foi MARAVILHOSA! Estávamos carentes de tão bela cultura. Beijos a todos e espero que voltem qualquer dia ok?
ResponderExcluirLizete