Escrito por Samara Martins
E finalmente chegamos ao nosso
próximo destino dessa aventura teatral da turnê Flor no Norte: o tão esperado Acre e sua bela capital Rio Branco,
na pontinha do Brasil.
Empolgados para conhecer um pouco
mais sobre as histórias desse lugar e de seu povo, o Acre nos revelou uma bela
surpresa, descobrimos que Hugo Carneiro – o bisavô de nossa diretora Christina
Streva – foi um importante governador do Estado. Dentre vários prédios
importantes da cidade, o local onde nossa apresentação seria realizada ficava na
praça em frente ao Mercado Público construído por ele, um lugar maravilhoso
onde podíamos almoçar um delicioso Tambaqui, levar uma lembrança feita por
artesãos acreanos, apreciar seus belos azulejos portugueses e conhecer a loja do
Dr. Raiz e suas ervas e óleos da Amazônia para curar qualquer tipo de
problema. E quem um dia poderia imaginar
que a sua bisneta estaria ali com sua trupe levando o encanto da Flor para essa
cidade
Como as pontes que cruzavam o Rio
Acre, unindo duas regiões da cidade, estávamos juntos e prontos pra escrever
outros capítulos dessa história. Ali na beira do rio, onde ainda era possível
encontrar as pessoas sentadas contemplando o movimento das águas sem celulares
nas mãos, levaríamos a beleza e a alegria do nosso lugar, com o coração já
transbordando de gratidão por todos os momentos inesquecíveis que passamos
nesse Brasil tão diverso e tão novo pra todos nós.
Mas, nem tudo foi tranquilo na
nossa sexta parada... Pela primeira vez tivemos um atraso com a entrega do
nosso cenário, e vivemos um momento de muita tensão e ansiedade, foi preciso
muita união e energia positiva para revertemos a situação a tempo de cumprirmos
nosso compromisso, e juntos conseguimos!
No sábado o dia amanheceu
chuvoso, mas muito quente, com uma turma lotada na oficina do Ser Tão, vibrante
e empenhada em aprender os passos dos folguedos populares e os exercícios
propostos pelo grupo. Um dos momentos mais especiais foi ver uma participante
com seu bebê no colo, girando e dançando na roda de cavalo marinho, e ele
sorrindo, sorrindo até adormecer em seus braços ao som do tambor.
A tarde caiu, e decidimos que faríamos
nossa apresentação na praça, em frente ao rio e seu “Novo” Mercado Velho. Mesmo
com a ameaça da chuva, desembarcamos o material e espalhamos as ferragens e
madeiras por todo lugar, e como num passe de mágica o teatro começou a ganhar
forma e cores. E o público foi chegando devagar, curioso e atento. E quando a
música começou a tocar, crianças e adultos estavam ali com sorrisos nos rostos
e olhos brilhantes para escreverem conosco essa nova história. Noite linda,
praça lotada e mais uma apresentação inesquecível! Sigamos!
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