segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Rio Branco

Escrito por Samara Martins

E finalmente chegamos ao nosso próximo destino dessa aventura teatral da turnê Flor no Norte: o tão esperado Acre e sua bela capital Rio Branco, na pontinha do Brasil.
Empolgados para conhecer um pouco mais sobre as histórias desse lugar e de seu povo, o Acre nos revelou uma bela surpresa, descobrimos que Hugo Carneiro – o bisavô de nossa diretora Christina Streva – foi um importante governador do Estado. Dentre vários prédios importantes da cidade, o local onde nossa apresentação seria realizada ficava na praça em frente ao Mercado Público construído por ele, um lugar maravilhoso onde podíamos almoçar um delicioso Tambaqui, levar uma lembrança feita por artesãos acreanos, apreciar seus belos azulejos portugueses e conhecer a loja do Dr. Raiz e suas ervas e óleos da Amazônia para curar qualquer tipo de problema.  E quem um dia poderia imaginar que a sua bisneta estaria ali com sua trupe levando o encanto da Flor para essa cidade
Como as pontes que cruzavam o Rio Acre, unindo duas regiões da cidade, estávamos juntos e prontos pra escrever outros capítulos dessa história. Ali na beira do rio, onde ainda era possível encontrar as pessoas sentadas contemplando o movimento das águas sem celulares nas mãos, levaríamos a beleza e a alegria do nosso lugar, com o coração já transbordando de gratidão por todos os momentos inesquecíveis que passamos nesse Brasil tão diverso e tão novo pra todos nós.
Mas, nem tudo foi tranquilo na nossa sexta parada... Pela primeira vez tivemos um atraso com a entrega do nosso cenário, e vivemos um momento de muita tensão e ansiedade, foi preciso muita união e energia positiva para revertemos a situação a tempo de cumprirmos nosso compromisso, e juntos conseguimos!
No sábado o dia amanheceu chuvoso, mas muito quente, com uma turma lotada na oficina do Ser Tão, vibrante e empenhada em aprender os passos dos folguedos populares e os exercícios propostos pelo grupo. Um dos momentos mais especiais foi ver uma participante com seu bebê no colo, girando e dançando na roda de cavalo marinho, e ele sorrindo, sorrindo até adormecer em seus braços ao som do tambor.
A tarde caiu, e decidimos que faríamos nossa apresentação na praça, em frente ao rio e seu “Novo” Mercado Velho. Mesmo com a ameaça da chuva, desembarcamos o material e espalhamos as ferragens e madeiras por todo lugar, e como num passe de mágica o teatro começou a ganhar forma e cores. E o público foi chegando devagar, curioso e atento. E quando a música começou a tocar, crianças e adultos estavam ali com sorrisos nos rostos e olhos brilhantes para escreverem conosco essa nova história. Noite linda, praça lotada e mais uma apresentação inesquecível! Sigamos!

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